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Arquitetos: fala
- Área: 190 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:Ricardo Loureiro
Descrição enviada pela equipe de projeto. Dois edifícios semelhantes, um muito longo e outro muito curto. Seis casas - quatro idênticas e duas excepcionais - em torno de um jardim comum, escondidas num quarteirão da cidade. Uma arquitectura para amarrar a realidade fragmentada.
A composição de cada espaço interno combina linhas ortogonais, diagonais e curvas. O perímetro ligeiramente distorcido das salas define os limites; os espaços principais vêm da subtração de superfícies que definem programas secundários. Os elegantes pilares de metal trazem tensão vertical; as aberturas redondas ligam programas desiguais. Em volumes tão pequenos, esta combinação de geometrias ambivalentes resulta em espaços de estar peculiares.
A materialidade dos interiores segue sua complexidade espacial. As paredes são meramente brancas, as lajes e escadas em betão aparente, os pisos exibem mármore estremoz polido e o tecto inclinado é pintado de rosa. Portas de madeira, puxadores exagerados e toques de mármore rosa aqui e ali acompanham o jogo de superfícies.
No exterior, as casas definem um meio claustro, emoldurando um jardim coletivo, onde é impossível entender onde cada casa começa ou termina. A fachada é uma sobreposição de várias linhas rítmicas - as finas colunas de metal, as portas azuis listadas, as clarabóias pretas. O tecto é feito de duas camadas: um plano ondulado rosa é flutua por baixo das chapas de metal ondulado, enfatizando a pouca espessura da superfície. Em redor, um cenário urbano honesto define o pano de fundo idílico para o exercício de arquitectura proposto.